Sim, eu
estava indecisa.
Entre
permanecer em minha cidade, ou ir viajar para conhecer novos costumes em Porto
Alegre, eu ficava com a segunda opção. Não queria deixar minha mãe,
desorganizada, confusa e sem saber onde suas coisas estavam pelo menos agora
ela teria a companhia de Felipe, seu novo namorado e, certamente as contas
seriam pagas no fim do mês e haveria comida na geladeira.
Eu
ainda continuava indecisa sobre qual decisão tomar, mas, estava quase certa
sobre ir embora para Porto Alegre. Não seria permanente, era apenas por dois
anos. Passa rápido.
Minha
mãe é muito parecida comigo, exceto pelas rugas de expressão e o cabelo louro e
ondulado caindo sobre os ombros. Não sou de demonstrar emoção, por isso me
contive em não chorar.
-
Tem certeza de que é isso que quer Bianca? – mamãe questionou pela centésima
vez antes de guardar as bagagens dentro do carro.
-
Sim. Tenho certeza mamãe. – eu respondi lhe dando um beijo nas bochechas e a
abraçando. Uma lágrima escorreu pelos meus olhos. – Dois anos passa rápido.
-
Quero que seja feliz minha filha, não importa aonde. – disse ela pondo as
bagagens dentro do Punto branco de Guilherme.
-
Obrigada. – agradeci com um sorriso torto.
-
Viva intensamente, meu anjo. – dissera minha mãe com a voz embargada pelo
choro.
Sorri.
Entrei
no carro de meu namorado e dei um “tchauzinho” para minha mãe. Ele enfiou a
chave na ignição e acelerou.
Embora
soubesse para onde estava indo, não sabia onde o caminho me levaria, não sabia
quando essa viagem para Porto Alegre iria acabar.
Se
acabasse...
Por:
Gusttavo de Assis
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