terça-feira, 21 de maio de 2013

NÓS & ÁGUA - Capítulo 2


CAPÍTULO 2
Você deixou saudades
Quando o dia amanheceu, acordei com um sentimento estranho se movendo dentro de mim. Eu estava com saudades. Uma dor forte dançava pelo meu coração, mas eu não conseguia compreendê-la. Ah, claro! Como eu podia estar com saudades de alguém que não conhecia? Sentir isso me feria. Compartilhamos o mesmo guarda-chuva extragrande por cinco minutos apenas, nada mais. Por que estava sentindo isso por ele? A saudade de seus olhos me olhando era como ácido que começava a me corroer por dentro.
            Peguei meu celular e disquei depressa o telefone de Alice. Era sábado, ela estava de folga do trabalho. Gargalhei internamente. Alice é uma sexóloga maluca, que vive dando palestras em escolas e pulando de programas em programas na tevê. Conheci-a durante uma participação em um programa sobre sexo e afins em um canal de TV paga. Ela me conquistou aos poucos com aquele jeito maluco de ser e viver. Aprendi muito com ela. Alice tem trinta anos e a considero como minha irmã mais velha, tem dois filhos gêmeos e um salário de dar inveja em qualquer mulher.
            ─ Eu não sei mais o que está acontecendo comigo! ─ eu disparei assim que ela atendeu o telefone. Sua voz estava grogue e falava lentamente.  ─ Estava dormindo?
            ─ Sim. Hoje é sábado, a maioria das pessoas está na cama à uma hora dessas.
            ─ Desculpe estar te acordando à uma hora dessas, mas é que eu preciso contar isso para alguém, senão vou morrer sufocada! ─ eu disse com voz excitada.
            ─ Flavinha, não acredito que o Eduardo conseguiu te levar pra cama de novo! ─ Alice falou em tom de repreensão.  ─ Amiga, quantas vezes eu disse pra você não ceder a ele? Tudo bem, eu sei que ele é um loiro maravilhoso, mas é seu ex. Te valoriza mulher!
            ─ Eu não citei o nome desse traste! ─ soltei, sorrindo ao me lembrar de Rafael.
            ─ Me diga então... o que aflige a minha amiga? ─ ela perguntou.
            ─ Ontem eu conheci um homem MARAVILHOSO. ─ falei lentamente a última palavra, dando mais ênfase. ─ Ele é cavalheiro. Cheiroso. É tudo de bom!
            Contei-lhe o que aconteceu com riqueza de detalhes. Mas como não aconteceu nada demais durante a minha conversa com a dele, ficamos por ali. Vagando pelos “e se?”
            ─ Você não pegou nem o número de telefone do cara? ─ Alice murmurou, após alguns minutos em silêncio, onde me perguntava o que teria acontecido se tivesse feito algo diferente.
            ─ Não, não peguei. Sabe como sou lerda e tímida para essas coisas! ─ joguei-me na minha cama completamente bagunçada, fitando o teto.
            ─ Flavinha, você tem muito que aprender! ─ sibilou Alice.
            ─ O que eu faço agora?
            ─ Jogue o nome dele em todas as redes sociais que você conhece. Até Orkut vale nessas horas! Você conseguindo qualquer informação dele é o que vale.
            ─ Orkut, não é exagero Alice?
            ─ Querida, você está desesperada atrás dele, qualquer coisa ajuda, até o velho e abandonado Orkut.
            Liguei o notebook apressada sobre a cama. Meu cabelo castanho encaracolado caía livremente pelas costas, mais bagunçado que nunca! Abri o Facebook, Twitter e o Orkut. As únicas redes sociais que para mim, tinham alguma utilidade. Digitei o nome Rafael Macário na busca. Repeti o mesmo com as outras duas redes.
            ─ Não existe nenhum Rafael Macário no Facebook que se pareça com ele. Simplesmente nada. Até procurei no Google, mais é como se ele fosse um fantasma. ─ falei para Alice, completamente entristecida.
            ─ Em que mundo esse homem vive, meu Deus? ─ disse ela do outro lado. ─ Sem Facebook, sem Twitter. Orkut já era de se esperar que não o encontrasse, mas mesmo assim... Em que mundo ele vive?
            ─ Eu deveria ter pedido o número de telefone dele. Eu sou uma idiota, agora vou ficar com ele na cabeça! ─ resmunguei. ─ Tem mais alguma dica?
            ─ Você disse que ele é professor. E que se encontraram no centro da cidade. Anote o endereço de todas as escolas que se localizem no centro da cidade e pergunte em uma por uma, o nome do professor de Biologia. Simples assim.
            ─ Sério?
            ─ Estou tentando ajudar. Esse é um bom começo. Você o encontra, diz o que sente, ele vai dizer que também te ama e vocês de beijam. Fim.
            ─ Na teoria parece fácil, mas quero ver isso na prática. Eu não tenho tempo nem para respirar, Humberto está comendo o meu tempo!
            ─ Faz o seguinte então... ─ disse ela, começando a se animar. ─ Liga pro seu chefe e inventa qualquer mentirinha, diga que precisa viajar urgente. Vou comprar sua passagem hoje mesmo, você embarca amanhã para Porto Alegre.


domingo, 19 de maio de 2013

Primeira entrevista - Rádio Anúncio

Finalmente cheguei em casa. Fui engordar alguns quilinhos passando o fim de semana na casa da vovó HAUSHAUSHAUSHA Fotinha da minha entrevista (A primeira, GRITA!) Aquela no fundo é minha avó. Linda que amo!!

sexta-feira, 17 de maio de 2013

IGus - Prólogo de Herdeira da Morte - EP02

Marcadores HDM

Olhem que coisa mais linda, Herdeiros! 
Os marcadores chegaram agora pouco e tratei de correr pra tirar uma foto pra vocês. Mais a noite vou gravar o segundo programa de IGus pra vocês, o tema é surpresa HAUSHAUSHAUSA 


terça-feira, 14 de maio de 2013

Nós & Água - Conto


CAPÍTULO 1
Tão distante
Eu havia me levantando super cedo para ir ao trabalho. Era minha segunda semana como secretária em um escritório de advocacia no centro da cidade onde morava. Moro sozinha e finalmente podia fazer tudo o que me viesse à cabeça, poderia tomar conta de meu próprio nariz e fazer minhas próprias escolhas, me responsabilizando pelos meus atos. Desde os quatorze anos, eu sempre me vi como a dona do mundo, a dona da razão, nunca podia estar errada! Apenas por isso, já era um motivo para discussões. Sim, eu era um adolescente insuportável, mimada, e cheia de defeitos como todo mundo, peitava qualquer um que aparecesse em minha frente sem medo.
Quando fiz meus dezoito anos, dei graças a Deus por ter mudado o meu jeito de ser. Não que eu quisesse mudar para agradar, mas é que ao passar dos tempos você vai crescendo, vai conhecendo pessoas e culturas diferentes, jeitos e modos distintos de pensar e agir. Chega uma hora em que você, para e pensa no que quer realmente para sua vida, e nessa hora você amadurece e percebe o real sentido da vida.
Hoje em dia, eu me pergunto e até comento com meus melhores amigos de que adiantou ser dura, fria, seca e revoltada com as pessoas ao meu redor. Nada. Nada adiantou, era apenas uma fase revoltada em que eu me encontrava querendo fuzilar todo o mundo – sem exceções. Se bem que tudo isso tinha um motivo. O mal dos quinze anos. É assim que eu me refiro quando falo do primeiro amor e da primeira relação. É claro que houve bons momentos, mas estranhamente, não sabia o porquê aquilo me atormentava tanto, somente os momentos desagradáveis que passamos juntos retornavam em minha mente turbulenta.
Eu olhava pela janela do prédio, o céu estava negro e repleto de nuvens pesadas e densas. A chuva caia descontroladamente, e eu me peguei pensando em como faria para ir embora – meu carro estava no conserto. Para tudo havia uma solução, então decidi pegar um ônibus para voltar para casa ao fim de meu expediente. O terminal urbano não ficava tão longe assim, conseguiria descer a pé e apanhar o coletivo. Se isso estivesse acontecendo naqueles tempos em que eu estava revoltada, certamente iria ligar para meus pais e pedir que me buscassem, como eu dizia naquela época: “Preciso que alguém venha me buscar, agora! Não vou descer nessa chuva e muito menos me molhar.” Sim, eu era uma completa idiota.
Ao passar do dia, a chuva parecia aumentar cada vez mais e aquilo começava a me atormentar. Quando bati os olhos no relógio, percebi que havia chegado a hora de ir para casa, uma sensação de alívio e de dever cumprido me envolveu. Eu havia conseguido fazer tudo o que meu chefe havia ordenado: organizado as pastas e feito dois relatórios sobre a última semana do escritório. Tudo estava feito, e o fim de semana me aguardava. Eu iria pegar o carro e ir para a casa de campo dos meus avôs no Sul de Minas Gerais em uma pequena cidade chamada Caldas, onde – graças ao meu avô, muito conhecido – conheço muitas pessoas e tive o prazer de conquistar grandes amizades. Amizades essas, que com certeza são para a vida toda, sem sombra de dúvida. Guardei as pastas e documentos dentro de minha bolsa e desliguei o computador. Já estava quase anoitecendo quando fechei o escritório.
Humberto, meu chefe havia saído horas mais cedo, pois teria uma reunião e em seguida uma viagem com sua esposa e seus dois filhos gêmeos. Eu sorria só de imaginar o meu fim de semana se aproximando cada vez mais. Reencontrar com meus familiares e amigos que não os via há um bom tempo era uma sensação inexplicável.  A chuva tinha aumentado mais. Passei uma blusa de moletom pela cabeça e corri para baixo de um toldo de uma dessas lojas de manutenção de computadores que ficava bem em frente ao meu local de trabalho. Do jeito que aquela chuva estava caindo, não tinha como sair correndo pelas ruas para chegar até o terminal urbano, se o fizesse mesmo assim chegaria toda ensopada ao meu destino, e se molhasse as pastas dentro da bolsa, acho que perderia o meu emprego no dia seguinte. Os minutos se passaram rapidamente sem que eu percebesse que já eram quase oito horas da noite. Mandei um torpedo de boa noite para minha melhor amiga e esperei por sua resposta. A cada segundo que passava parecia que aquela chuva aumentava mais e mais, diversas vezes eu tentei sair correndo, mas algo me prendia àquele lugar. A chuva diminuía um pouco e lá ia eu tentar ir embora para casa, quando de repente ela voltava a cair torrencialmente me fazendo ficar onde estava. Eu respondia há um torpedo de Alice quando ele me chamou:
─ Você vai descer para o terminal urbano também? ─ ergui os olhos e encontrei os deles me encarando instintivos. Ele era alto, não muito magro e aparentava ter uns vinte e seis anos, olhos castanho-esverdeados e sorria. Um sorriso lindo por sinal. Ele segurava um guarda-chuva preto para se proteger da chuva que ainda caia fervorosamente.
            ─ Vou sim.  ─ respondi timidamente.
─ Quer vir comigo? ─ ele perguntou indicando que ainda havia espaço para mais um embaixo de seu guarda-chuva extragrande.
─ Posso?
─ Claro. ─ balbuciou ele. Guardei o celular em minha bolsa e esqueci-me de terminar de responder ao torpedo de Alice. Corri para baixo do guarda-chuva e assim descemos pela rua iluminada. ─ Sempre tem espaço para mais um. Saindo do trabalho agora? ─ ele puxou conversa.
Estava envergonhada demais para puxar algum tipo de assunto. Sempre fui péssima com isso.
─ Sim, dia cansativo. ─ respondi simpática. ─ E você?
─ Também, o dia foi mesmo muito cansativo... essa vida de professor ainda vai acabar comigo. ─ ele brincou conseguindo me arrancar um sorriso sincero.
─ Um bom vinho tinto ao som de Would It Matter, minha música preferida. É tudo o que preciso para descansar do trabalho e espairecer um pouco.
─ Ainda não me disse seu nome. ─ ele me lembrou. Eu sorri.
─ Prazer, Flávia Albuquerque. ─ eu me apresentei enquanto continuava a andar.
─ O prazer é todo meu... ─ ele parou de repente, e me encarou profundamente. ─ Rafael Macário, professor de Biologia. 
─ Eu gosto de Biologia, é uma matéria bem interessante. ─ eu disse.
─ Advocacia também me parece ser bacana. ─ ele disse fechando o guarda-chuva assim que chegamos ao terminal urbano. Por sorte, todos os ônibus estavam ali e eu não teria de esperar.
─ Eu amo advocacia, estou trabalhando no escritório de Humberto Ferreira, já deve ter ouvido falar. ─ suspeitei, Humberto era muito conhecido na cidade.
─ Sim, me lembro vagamente deste nome.
Olhei para as plataformas e observei que a minha condução estava saindo em três minutos. O motorista já se aproximava para ligar os motores do ônibus.
─ Tenho que ir agora Rafael. ─ disse. ─ O ônibus vai sair em alguns minutos e estou muito cansada, preciso de uma boa noite de sono. ─ ele riu e eu também.
─ Foi um prazer lhe conhecer Flávia. Espero que nos encontremos mais vezes por ai. ─ ele me deu um abraço contido e beijou minhas bochechas. 
Arrepiei-me toda ao sentir seu toque.
─ Com certeza vamos nos encontrar mais vezes Rafael, tenha uma boa noite. ─ balbuciei subindo os degraus da escadinha para entrar no coletivo. Ele me observava do outro lado. – Foi um prazer te conhecer.
Eu sentei-me nos últimos bancos do ônibus, coloquei meus fones no ouvido e esperei pela saída do coletivo do terminal urbano. Pelos meus cálculos em menos de quinze minutos já estaria em casa. Em casa, tomei o bom e velho vinho tinto ao som de um bom rock. Naquela noite... não consegui parar de pensar nele. 

Em breve Capítulo 2 *-* 

domingo, 5 de maio de 2013

Noite de autógrafos HDM

LANÇAMENTO HERDEIRA DA MORTE.

O livro já se encontra em pré-venda por várias livrarias onlines e em breve nas físicas. Encontrem-o a venda na Saraiva, Cultura, Siciliano, Martins Fontes e na Baraúna.

O valor no dia da noite de autógrafos é R$ 31,90, promoção de lançamento!! Após o dia do evento, o livro se encontrará a venda pelo preço original de R$ 39,90.

Não deixem de comparecer!! Dia em que os anjos caídos e nefilins invadem a cidade para um bate-papo descontraído e divertido, sorteio e muitos autógrafos.


CHEGARAM!


CHEGARAAAAAM!! Ainda estou em estado de êxtase, não tenho palavras para expressar o quão feliz e realizado estou me sentindo nesse momento. É um sonho realizado, um filho que nasceu. Obrigado a Editora Baraúna por acreditar em meu trabalho e fazer a publicação de Herdeira da Morte. Agradeço a todos os meus amigos que estiveram ao meu lado até esse momento. Sim, esse livro também é de vocês. E agora, não apenas meu, mas de todos. Agradeço IMENSAMENTE a Deus. Sem fé eu nunca teria chegado aonde cheguei!