sábado, 17 de novembro de 2012

Teaser II : Herdeira Da Morte - Mentiras

Personagens de Herdeira Da Morte

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Patrick é o sombrio e misterioso amigo de Harry. Ficou com Elen por um curto tempo. Mais tarde é revelado que ele na verdade é Robert Morrison, que planeja se vingar de Thierry matando Elizabeth.







Patricinha. Tira sempre notas boas no colégio. Simpatiza com Elen, que se torna sua amiga. Foi ex-namorada de Harry, amigo do misterioso Patrick Armstrong. Natural do Rio de Janeiro, sempre esta de acordo com a moda. 

Harry Collins cria uma forte amizade com Elizabeth, esconde sua verdadeira história. Tem como melhor amigo Thierry, que acaba se apaixonando por sua namorada, Elizabeth. Mais tarde, é encontrado morto no apartamento das garotas.










E assim nós encerramos as apresentações dos personagens de Herdeira Da Morte - Mentiras. 
É claro que existem mais alguns personagens como por exemplo: Lucy Grindelwald, mãe da protagonista. Sue Roberts, Naguine Delary, Diana Campbell, mas os que importam mesmo, estão todos devidamente apresentados. 



Personagens de Herdeira Da Morte

Boa tarde!! Como perceberam, estou começando a divulgar mais o livro Herdeira Da Morte - Mentiras. Desde ontem estou fazendo postagens com atores em que sempre imaginei sendo as personagens do livro. Desde o começo, quando comecei a escrever a história eles sempre me vieram a cabeça. Como não tenho a imagem oficial da capa para Herdeira Da Morte, venho divulgando com o que tenho. Confira agora, a apresentação de mais duas personagens, são elas: Amy White e Daniel Wright. 



Tem 17 anos, e cria um forte vinculo com Elizabeth. Amizade a primeira vista, é o termo que ambas usam. Divide o mesmo quarto que Lizzy na república. Namora com Daniel Wright por um tempo, porém descobre seus planos e ameaça acabar com tudo.













Daniel divide uma republica com cinco garotos, entre eles está: Thierry. Ele se encanta com a beleza e humildade de Lizzy e fará de tudo para tê-la em seus braços. Usa Amy como isca para se aproximar de Elizabeth, já que as duas se tornam amigas. Faz o uso do poder da mente enquanto mantém um “relacionamento” com Amy White.


O que acharam de Amy e Daniel? Parecem confiáveis? 
Comentem!!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Personagens de Herdeira Da Morte

Que tal conhecermos mais duas personagens do livro Herdeira Da Morte ?


Uma das amigas de Lizzy. Tem 17 anos e é completamente apaixonada por Patrick – com quem fica por um curto período. 








Samantha é um anjo da morte e ex-namorada de Thierry – por quem foi completamente apaixonada. Aproxima-se de Elizabeth a fim de tentar matá-la. 







O que acharam dessas duas personagens? Lindas, não são? Comentem!

Personagens de Herdeira Da Morte

O que acham de conhecer um pouco mais da história de Herdeira Da Morte - Mentiras ?
Segue abaixo as duas personagens principais, Elizabeth e Thierry. 
Conheçam-nos melhor:


Tem 17 anos, apaixonada por literatura e musica. Decide sair da casa dos pais para estudar. Embora seja na mesma cidade, seria melhor ter um pouco de liberdade. Lizzy se muda para o lado norte da cidade de Dominic Alfie, onde dividirá uma republica entre três garotas com a mesma idade. Entre elas está: Samantha. Com quem cria grande antipatia. No novo colégio, se vê atraída pela beleza angelical de seu colega de classe, Thierry – que não dá a mínima para ela. A cada passo dado em sua direção, ela se vê cada vez mais em perigo.









Seus traços angelicais e perfeitos atraem Elizabeth até ele. A principio é arrogante e grosseiro com ela. Porém, em sua mente, é melhor que ela fique longe dele. Seria melhor. Ele se sente estranhamente ligado com a mesma, que o encanta a primeira vista. Seu desejo é de morte, ao mesmo tempo em que a quer matar, quer tê-la em seus braços. Esconde os segredos mais sombrios que alguém pode ter, e um desses segredos podem levar Lizzy para baixo da Terra.





E ai, o que acharam de Lizzy e Thierry?? Comentem!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Magia Além das Palavras - A História de J.K. Rowling




É importante lembrar que o nome da autora é apenas Joanne Rowling, sem nome do meio. Rowling é pronunciado /roulin/ e Joanne é pronunciado /Djouan/ ou /Djouein/. A abreviatura K é de Kathleen, nome de sua avó preferida Kathleen Rowling, e foi escolhida na ocasião do lançamento do primeiro livro da série no Reino UnidoHarry Potter e a Pedra Filosofal, quando Christopher Little, agente literário da autora, e a Bloomsbury, sua editora, temendo que os garotos não leriam um livro escrito por uma mulher, pediram a Joanne que assinasse com as suas iniciais, não deixando transparecer que era uma mulher.
Joanne pensou em J.Rowling, mas não atendia ao pedido de duas iniciais da editora e por fim acabou homenageando sua avó, criando uma assinatura que ficou muito famosa a partir de então. Essa técnica já havia sido adaptado inclusive por Edith Nesbit, autora que influenciou J.K.Rowling.
Apesar disso, Joanne Rowling diz que todos a chamam de Jo Rowling, e que, quando criança, só era chamada de Joanne quando estavam muito bravos. Seu nome legal, como casada, é Joanne Murray, embora já tenha utilizado o nome Joanne Kathleen Rowling em assuntos oficiais.

"Bom, isso é um fato consumado! Todos sabem que sou fanático pela Jo Rowling e sabem também que para mim ela é um exemplo de superação. Perder a mãe, o pai nunca acreditando em seu sonho de ser escritora não deveria ter sido fácil. É um documentário sobre sua vida, um documentário lindo e triste ao mesmo tempo... Sem sombra de dúvidas, J.K. Rowling é uma das melhores escritoras dos últimos tempos." Gusttavo de Assis

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Aqui Jaz O Nosso Amor


Galhos quebravam-se sob seus pés determinados. Os olhos da menina estavam inchados de tanto chorar e os cabelos negros desajeitados, o que a deixava com as feições de uma garota que andara perturbada. E isso, de fato, refletia perfeitamente o que se passava por dentro dela. Avistou o céu, e parou por um instante para admirá-lo, apesar de não enxergar nele um motivo para sorrir. Ainda.
            O sol se escondia por trás do horizonte deixando ao seu rastro vultos de laranja, amarelo, vermelho e rosa. A brisa do outono formava pequenos redemoinhos nas arvores e carregava consigo as folhas secas das mesmas, ela as convidava para um baile no ar. Flutuavam no céu e dançavam até, enfim, atingir o chão, mas a dança permaneceria em um ciclo inacabável até que a brisa cessasse.
            A campina estava coberta por um tapete de folhas secas. Ninguém imaginaria que ali, na primavera, as flores eram das mais majestosas, o verde invadia não só a visão como a alma, cobria tudo com placidez e com a fragrância das arvores frescas.
             Seu caminhar agora era sereno. Ela respirava com alívio, era quase como se o ar da campina lhe purificasse os pulmões. Tinha apertado ao peito o seu último diário, aquele que retratava da primeira à última pagina seu primeiro amor. Sem que percebesse, ela escrevera um livro dedicado a ele, ao garoto que pouco a pouco se tornara o núcleo do seu pequenino universo.
            Sentou-se ao centro da campina, onde cavara um buraco mais cedo. Fitou-a. Lembrava-se nitidamente da primeira ocasião em que estivera ali. Os olhos dele não abandonaram os dela por um segundo sequer, a paisagem os cobria e o amor os consumia. Os traços do rosto dele fizeram-na se perder, afogada em seus beijos e sufocada aos seus carinhos. Era tudo perfeito demais para ser real, e hoje ela duvidava se tudo acontecera mesmo. A resposta estava em seu diário. Cada precioso dia registrado em palavras e imagens. E o amor, depois que o romance acabou, cravava estacas em seu peito todos os dias. Mas isto também chegava ao fim.
            A garota olhou o diário pela última vez, folheou as páginas sentindo o perfume dele. Sim, ela havia coberto seu diário com o perfume do amado. Uma derradeira lágrima fluiu por seu rosto, deslizando pelo nariz e morrendo em seus lábios.
            Palavras se formavam em seu cérebro, mas algo não a permitia dizê-las em voz alta. Depositou o diário dentro do buraco, o cobriu com terra e folhas, não se importando em sujar suas delicadas mãos. Ninguém jamais o encontraria, com o tempo as flores cresceriam e nem mesmo ela se recordaria onde o havia sepultado.
            - Aqui jaz o nosso amor – disse ela – Aqui ele nasceu e aqui o sepulto.
             Despediu-se assim levando as mãos sujas aos lábios e mandando-lhe um beijo.
            Ergueu-se do chão se colocando em pé. Seu coração partido sussurrou um adeus. E ela virou as costas. Fez o mesmo caminho da vinda, e partia em direção ao seu futuro, o passado ficaria enterrado.
            As folhas já não dançavam mais. A lua a encarava abatida, parecia se comover com seu drama. Uma gota de água atingiu a garota na testa. Ela sorriu. A lua também chorava, pensou. Mas na verdade, chovia.

Escrito por: A.C.Patrick 

Conto: Nós & Água


Eu havia me levantando super cedo para ir ao trabalho. Era minha segunda semana como secretária de um escritório de advocacia do centro da cidade onde morava – Passos, em Minas Gerais -, eu morava sozinha e finalmente podia fazer tudo o que me viesse à cabeça, poderia tomar conta de meu próprio nariz e fazer minhas próprias escolhas, me responsabilizando pelos meus atos. Desde os quatorze anos, eu sempre me vi como a dona do mundo, a dona da razão, nunca podia estar errada! Apenas por isso, já era um motivo para discussões. Sim, eu era um adolescente insuportável, mimada, e cheia de defeitos como todo mundo, peitava qualquer um que aparecesse em minha frente sem medo. Quando fiz meus dezoito anos, dei graças a Deus por ter mudado o meu jeito de ser. Não que eu quisesse mudar para agradar, mas é que ao passar dos tempos você vai crescendo, vai conhecendo pessoas e culturas diferentes, jeitos e modos distintos de pensar e agir. Chega uma hora em que você, para e pensa no que quer realmente para sua vida, e nessa hora você amadurece e percebe o real sentido da vida. Hoje em dia, eu me pergunto e até comento com meus melhores amigos de que adiantou ser dura, fria, seca e revoltada com as pessoas ao meu redor. Nada. Nada adiantou, era apenas uma fase revoltada em que eu me encontrava querendo fuzilar todo o mundo – sem exceções. Se bem que tudo isso tinha um motivo. O mal dos quinze anos é assim que eu me refiro quando falo do primeiro amor e da primeira relação. É claro que houve bons momentos, mas estranhamente, não sabia o porquê aquilo me atormentava tanto, somente os momentos desagradáveis que passamos juntos retornavam em minha mente turbulenta.
Eu olhava pela janela do prédio onde se localizava o escritório onde trabalhava, o céu estava negro e repleto de nuvens pesadas e densas. A chuva caia descontroladamente, e eu me peguei pensando em como faria para ir embora – meu carro estava no conserto. Para tudo havia uma solução, então decidi pegar um ônibus para voltar para casa ao fim de meu expediente, o terminal urbano não ficava tão longe assim, conseguiria descer a pé e apanhar o coletivo. Se isso estivesse acontecendo naqueles tempos em que eu estava revoltada, certamente iria ligar para meus pais e pedir que me buscassem, como eu dizia naquela época: “Preciso que alguém venha me buscar, agora! Não vou descer nessa chuva e muito menos me molhar.” Sim, eu era uma completa idiota.
Ao passar do dia, a chuva parecia aumentar cada vez mais e aquilo começava a me atormentar. Quando bati os olhos no relógio, e percebi que já havia chegado a hora de ir para casa, uma sensação de alivio e de dever cumprido me envolveu. Eu havia conseguido fazer tudo o que meu chefe havia ordenado, organizado as pastas e feito dois relatórios sobre a última semana do escritório. Tudo estava feito, e o fim de semana me aguardava. Eu iria pegar o carro e ir para a casa de campo dos meus avôs no Sul de Minas Gerais em uma pequena cidade chamada Caldas, onde – graças ao meu avô, muito conhecido – conheço muitas pessoas e tive o prazer de conquistar grandes amizades. Amizades essas, que com certeza são para a vida toda, sem sombra de dúvida. Guardei as pastas e documentos dentro de minha bolsa e desliguei o computador. Já estava quase anoitecendo quando fechei o escritório, Humberto, meu chefe havia saído horas mais cedo, pois teria uma reunião e em seguida uma viagem com sua esposa e seus dois filhos gêmeos. Eu sorria só de imaginar o meu fim de semana se aproximando cada vez mais. Reencontrar com meus familiares e amigos que não os via há um bom tempo era uma sensação inexplicável. 
A chuva tinha aumentado mais depois que havia olhado ela caindo descontroladamente pela janela do escritório. Passei uma blusa de moletom pela cabeça e corri para baixo de um toldo de uma dessas lojas de manutenção de computadores que ficava bem em frente ao meu local de trabalho. Do jeito que aquela chuva estava caindo, não tinha como sair correndo pelas ruas para chegar até o terminal urbano, se o fizesse mesmo assim chegaria toda ensopada ao meu destino, e se molhasse as pastas dentro da bolsa, acho que perderia o meu emprego no dia seguinte.
Os minutos se passaram rapidamente sem que eu percebesse que já eram quase oito horas da noite. Mandei um torpedo de boa noite para minha melhor amiga e esperei por sua resposta. A cada segundo que passava parecia que aquela chuva aumentava mais e mais, diversas vezes eu tentei sair correndo, mas algo me prendia àquele lugar. A chuva diminuía um pouco e lá ia eu tentar ir embora para casa, quando de repente ela voltava a cair descontroladamente me fazendo ficar onde estava. Eu respondia há um torpedo de Alice quando ele me chamou:
- Você vai descer para o terminal urbano também? – ergui os olhos e encontrei os deles me encarando instintivos. Ele era alto, não muito magro e aparentava ter uns vinte e seis anos, olhos castanho-esverdeados e sorria. Um sorriso lindo por sinal. Ele segurava um guarda-chuva preto para se proteger da chuva que ainda caia fervorosamente.
- Vou sim. – respondi timidamente.
- Quer vir comigo? – ele perguntou indicando que ainda havia espaço para mais um embaixo de seu guarda-chuva extragrande.
- Posso?
- Claro. – balbuciou ele. Guardei o celular em minha bolsa e esqueci-me de terminar de responder ao torpedo de Alice, corri para baixo do guarda-chuva e assim descemos pela rua iluminada. – Sempre tem espaço para mais um. Saindo do trabalho agora? – ele puxou conversa. Estava envergonhada demais para puxar algum tipo de assunto. Sempre fui péssima com isso.
- Sim, dia cansativo. – respondi simpática. – E você?
- Também, o dia foi mesmo muito cansativo... essa vida de professor ainda vai acabar comigo. – ele brincou conseguindo me arrancar um sorriso sincero.
- Um bom vinho tinto ao som de Would It Matter, minha música preferida. É tudo o que preciso para descansar do trabalho do escritório e espairecer um pouco.
- Ainda não me disse seu nome. – ele me lembrou.
Eu sorri.
- Prazer, Flávia Albuquerque. – eu me apresentei enquanto continuava a andar.
- O prazer é todo meu... – ele parou de repente, e me encarou profundamente. – Rafael Macário, professor de biologia.
- Eu gosto de Biologia, é uma matéria bem interessante. – eu disse.
- Advocacia também me parece ser bacana. – ele disse fechando o guarda-chuva assim que chegamos ao terminal urbano. Por sorte, todos os ônibus estavam ali e eu não teria de esperar.
- Eu amo advocacia, estou trabalhando no escritório de Humberto Ferreira, já deve ter ouvido falar. – suspeitei, Humberto era muito conhecido na cidade.
- Sim, me lembro vagamente deste nome.
Olhei para as plataformas e observei que a minha condução estava saindo em três minutos. O motorista já se aproximava para ligar os motores do ônibus.
- Tenho que ir agora Rafael. – disse. – Minha condução está saindo em alguns minutos e estou muito cansada, preciso de uma boa noite de sono. – ele riu e eu também.
- Foi um prazer lhe conhecer Flávia, espero que nos encontremos mais vezes por ai.
- Com certeza vamos nos encontrar mais vezes Rafael, até mais. – balbuciei subindo os degraus da escadinha para entrar no coletivo. Ele me observava do outro lado. – Foi um prazer te conhecer.
Eu sentei-me nos últimos bancos do ônibus, coloquei meus fones no ouvido e esperei pela saída do ônibus do terminal urbano. Pelos meus cálculos em menos de quinze minutos já estaria em casa.
Naquela noite... não consegui parar de pensar nele. 

Escrito por: Gusttavo de Assis

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Um Último Adeus


Seus cabelos estavam ao vento e a brisa leve lhe trazia o perfume das flores da campina lá embaixo. Às sombras surgiam as suas costas conforme o sol desaparecia no horizonte do qual ela estava bem perto. Nicolas demoraria a chegar, ela sabia. Podia ver através de turvas lembranças o quão era cansativo subir a montanha, mas agora ela não era mais como ele.
            Abaixo da montanha a cidade se acendia aos poucos, e pequenas fontes de luz se uniam pouco a pouco até estar completamente iluminada. O sol se pôs, naquele instante. Nicolas de fato demorava, mas tempo para ela já não era mais um problema, ela teria todo o tempo do mundo e até mais que isso.
            Ela já podia sentir seu cheiro e as folhas se quebrando aos seus pés, ouvia sua respiração ofegante, e via a luz da lanterna cortar a escuridão. Faltavam muitos metros ainda. “Você consegue meu amor, falta pouco”, sussurrou em sua mente esperando que ele pudesse ouvi-la.
            Ele estava curvado quando alcançara o destino de sua jornada. Os olhos brilharam melancólicos, ao ver ao longe sua amada tão linda e pálida como jamais estivera, marejados de tristeza ou talvez do calor que abrangia o ar, e que ardia. Os cabelos estavam curtos e úmidos, os sapatos sujos de terra, os passos determinados.
            - Obrigada por vir. – ela disse quando este se aproximou.
            - Por que fez isso? – ele indagou irritado, mas sem alterar o tom de voz.
            Ela se aproximou mais dele.
            - Eu não escolhi esse caminho... – seus olhos se encontraram e se nivelaram com os de Nicolas. – ele me escolheu.
            Ele desviou o olhar e se pôs a olhar para a noite fria e escura.
            - E esse caminho que te escolheu, a fez sumir da minha vida por todas essas semanas? Se o que dizia sentir por mim era amor, então... – suas palavras penderam no ar.
            - Não. Eu não mentia.
            Catarina esperava ser recebida com abraços e sorrisos, por um momento esquecera-se de todas aquelas semanas e das cobranças que poderiam surgir. Ao pensar nele, não havia mais nada que importasse, não havia os cacos que restaram do passado ou a solidão que viria no futuro. Eram somente os dois... E as pendências entre ambos – é claro.
            - Mas eu vou ter de ir. – completou. – Para o bem de todos.
            - Para onde? – questionou ele – E por quê? Eu ainda me lembro de você dizendo que tudo o que precisava estava aqui, era junto de mim.
            - E ainda é, porém as circunstancias nos levam a abrir mão de certas coisas, de você.
            - Que se dane essas circunstancias. – ele disse já impaciente.
            Pausa.
            - Eu preciso de você aqui. – se aproximou acalentando suas mãos nas dela. E eram mãos tão gélidas, mas para ele não fazia diferença alguma. Um detalhe sem a mínima importância. Ela estava ali, o seu mundo retornara. E isso era o que importava.
            Ela se aproximou, sentindo as veias dele palpitando sobre a pele fina e frágil. E repeliu um impulso mortal... Concentrou-se em seus lábios, levemente avermelhados e molhados. As mãos dele deslizaram por sua nuca, e ela se arrepiou já não se lembrava mais o que era isso, reagir ao sabor de um toque, mas com ele era diferente, desde o início sempre fora.
            Seus lábios se aproximaram dos de Nicolas e ele não resistiu à tentação que o momento lhe proporcionava. A irritação se dissipou por seu corpo e aos poucos se tornou um desejo incontrolável de tê-la em seus braços. Novamente. Catarina e Nicolas se envolveram em um só. Como peças de um quebra-cabeça, peças que se completavam. Catarina passou os dedos pelo cabelo negro, memorizando cada detalhe de seu amado, pois sabia que não o veria nunca mais. Os olhos azuis que neste instante ela não via, as curvas dos braços e do abdômen definido. Da pele suave e quente. O calor naquele momento ardia a cada toque dos lábios.
            E de repente o frio havia consumido tudo. Nicolas abrira os olhos e em sua frente nada mais encontrou, olhou para os lados, mas só havia o vácuo do adeus que ela deixara cravado em suas lembranças.
            “Eu sempre lhe amarei, não importa o que venha a acontecer...”, ela sussurrou em sua mente.
            Ele sabia... Ela jamais voltaria. 

 Escrito por: A.C.Patrick & Gusttavo de Assis